Quem é aquele velhinho,
Que vem no caminho andando devagar.
Com seu cachimbo na boca,
Puxando a fumaça e soltando no ar.
Sabe aquela época em que você acorda e tudo não faz mais sentido? Eu passei por essa fase difícil,e como foi.
No decorrer desse tempo tudo que eu fazia se tornava uma prisão, não tinha mais vontade de nada.
Mas eu me sentia obrigada, muita coisa dependia de mim, só meu corpo estava, meu EU não.
Demorei muito para conseguir inverter essa situação, durante um tempo foram acontecendo mais e mais situações que me fazia desanimar.
Nessa época eu já frequentava a Umbanda, especificamente na gira de Preto Velho.
Até então, nesse dia foi diferente, havia um Preto Velho conhecido como Pai Antônio, que cantava esse ponto acima, soltando umas fumaçadas, parecia haver uma mistura de ervas.
Eu senti que estava cantando para mim, a fumaça e o cantar me fizeram abrir os olhos para algo que eu não havia percebido.
Nesse dia decidi apenas observar, não fui falar com nenhum Preto Velho.
O Preto Velho calmamente atendia várias pessoas e a cada qual era feito uma firmeza diferente, conseguindo executar perfeitamente o atendimento.
Alguns ele arrancava lágrimas, outros sorrisos, o despertar daquelas pessoas era sempre profundo.
Moral: Exige -se muito nosso dia-a-dia e, a cada situação é preciso analisar antes de se jogar, é preciso força de vontade, carregar apenas o que conseguimos carregar, o devagar é analisar o pensar, queremos tudo e tudo não é para nós, e se leva tempo e nesse tempo gerará o aprendizado, acumular uma situação encima da outra é uma queda, no final nenhuma será resolvida, em alguns lugares tocarei com as mãos, em outras com as palavras, passei a levar a vida, mas sem deixar me embaraçar nos meus próprios problemas, percebi que quando eu caí nesse desânimo os problemas continuaram existindo, então passei a fazer passo a passo, caminhei rápido quando pude e devagar quando era preciso e, assim consegui vencer a maioria que jogava para trás.
Itaçuí !!!
Nenhum comentário:
Postar um comentário